sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Erosão Glacial

As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.

A erosão glacial ocorre quando, em épocas de temperatura muito fria, a água que no verão penetrou entre as rochas se congela, quebrando-as, devido ao almento do volume.

Também é glacial a erosão provocada pelos blocos de gelo que, desprendidos das geleiras, deslizam pelas encostas atritando-se contra elas e desgastando-as.
O aumento da temperatura do planeta, que causa o degelo em diversas regiões do mundo, acontece principalmente pela grande emissão de gases de efeito estufa.  A queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) em veículos, usinas termoelétricas, indústrias e equipamentos de uso doméstico, por exemplo, emitem dióxido de carbono, o gás que mais colabora para a intensificação do efeito estufa.  


Consequências
 
O derretimento de gelo é responsável por conseqüências desastrosas e, muitas vezes, irreversíveis ao planeta. Os cientistas temem que o aumento do nível do mar provocado pelo degelo cause inundações de terras, podendo transformar áreas da Floresta Amazônica em uma savana.


Há, também, a preocupação com o aumento de doenças tropicais, como malária e dengue.  Para os especialistas,  o derretimento das geleiras também pode prejudicar o abastecimento de água. 
 
Formação
 
As geleiras se formam em áreas onde se acumula mais neve no inverno que a que se derrete no verão. Quando as temperaturas se mantêm abaixo do ponto de congelamento, a neve caída muda sua estrutura já que a evaporação e a recondensação da água causa a recristalização para formar grânulos de gelo menores, espessos e de forma esférica. Este tipo de neve recristalizada é conhecido por nevado.
Nas geleiras, onde a fusão se dá na zona de acúmulo de neve, a neve pode converter-se em gelo através da fusão e o regelo (no período de vários anos). Na Antártida, onde a fusão é muito lenta ou não existe (inclusive no verão), a compactação que converte a neve em gelo pode demorar mil anos.



Curiosidades

O gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra.

O termo "geleira" não é aplicado às massas de gelo formadas pelo congelamento da água: essas são as banquisas. E mais: a expressão "manto de gelo" só se refere a uma massa de neve e gelo muito espessa, com área maior de 50 mil km². Só existem dois mantos de gelo no planeta: o antártico e o groenlandês.
Assim ocorre a separação dos blocos de gelo, e na maioria das vezes, assim são formados os icebergs.



Classificação das Geleiras

Geleira alpina

Esta classe inclui as geleiras menores, as quais caracterizam-se por estarem confinadas nos vales das montanhas: razão porque são denominadas geleiras de vale ou alpinas ou de montanha, a taxa de alimentação de neve é elevada e sua velocidade também: 60m/mês.

Calota de gelo
Consiste em enormes coberturas de gelo que podem cobrir uma cordilheira ou um vulcão; sua massa é menor que a atual nas geleiras continentais. Estas formações cobrem grande parte do arquipélago das ilhas norueguesas de Svalbard, no Oceano Glacial Ártico.

Geleira de descarga

As calotas de gelo alimentam geleiras de descarga, línguas de gelo que se estendem vale abaixo distantes das bordas dessas massas de gelo maiores. No geral, as geleiras de descarga são geleiras de vale, que se formam pelo movimento do gelo de uma calota de gelo desde regiões montanhosas até o mar.

Manto de gelo
As maiores geleiras são os mantos de gelo: enormes massas de gelo que não são afetadas pela paisagem e estendem-se pela superfície, exceto nas bordas, onde sua espessura é mais fina. O manto de gelo da Antártida Ocidental e o da Groenlândia são atualmente os únicos existentes. Estas regiões contêm vastas quantidades de água doce. O volume de gelo é tão grande que se Groenlândia derretesse faria com que o nível do mar subisse uns 21 m a nível mundial, enquanto que se o da Antártida derretesse, os níveis subiriam até 108 m.

domingo, 22 de agosto de 2010

Erosão eólica


Erosão eólica é um tipo de erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos.
A diminuição da velocidade do vento ou deflação ocorre freqüentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida.
Pode ocorrer forte erosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e outras feições típicas de deserto regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.
Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes essas playas.
O vento é um poderoso agente erosivo que atua principalmente nos desertos e nas praias. O trabalho de erosão do vento ocorre de duas maneiras:
• Pela destruição, que compreende a deflação (quando o vento retira e transporta partículas finas das rochas) e a corrosão (quando essas partículas são lançadas pelo vento contra outras rochas, escavando-as com violência). Desses processos resultam as grandes depressões, planaltos pedregosos ou formações com aspectos exóticos, como cogumelos, taças, etc. • Pela acumulação, quando o vento deposita os materiais que carrega. O trabalho mais típico de acumulação dos ventos são as dunas, grandes elevações de areias que podem ser fixas ou móveis, pois mudam de lugar, conforme a direção do vento. Outra consequência desse trabalho é a formação de sedimentos muito finos, amarelados e muito férteis formados por quartzo, argila e calcário - O Loess. Sua área de ocorrência mais conhecida é a China meridional.

Corrosão
Processo de desgaste físico das rochas através, principalmente, do impacto e/ou atrito de partículas transportadas pelo vento (eólica), pela água (fluvial, de marés, correntes) ou pelo gelo (de geleira).E o vento "esculpe" as rochas, dando as formas.

Abrasão
Processo erosivo ou de desgaste de rochas pelo impacto e/ou atrito/fricção de partículas ou fragmentos carregados por correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez, pelo vai e vem de ondas.

EólicoProcesso, depósito sedimentar ou feição/estrutura que tem o vento como agente geológico.
Exemplos: dunas em desertos ou praias são depósitos eólicos; corrasão é o processo de desgaste e deflação é o de erosão eólicas.

Deflação
Erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos.
A deflação ocorre freqüentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida.
Pode ocorrer forte corrosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.
Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes essas playas.

Fatores que contribuem

Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
• os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas.
• o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
• as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
• a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
• muitas pessoas e prédios num lugar com poucas arvores

Consequências da erosão

Efeitos poluidores da ação de arraste:
• Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
• Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
• Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
• Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo).

Outros danos:
• Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
• Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias (ver deslizamento de terra).

sábado, 21 de agosto de 2010

"os agentes externos que modificam a fisionomia da terra"

Antrópica

As modificações que ocorrem no ambiente natural são decorrentes da necessidade do homem de moldar a natureza para seu uso e beneficio imediato, gerando modificações no espaço geográfico e biológico em que vive.
            O desejo que o homem tem de morar em locais agradáveis, pouco explorados, pode inicialmente trazer o almejado contato com a natureza, mas pode causar danos, às vezes irreversíveis, a ela. Dentre estes danos podemos citar o despejo de esgoto sem tratamento em rios e lagoas, disposição inadequada de lixo, comprometendo a qualidade do solo e também todo o ecossistema que ali vive.
            A necessidade do homem em obter maior conforto torna-o mais egoísta com o meio ambiente, pois utiliza todos os recursos naturais em benefício próprio. A recuperação ambiental em locais altamente urbanizados é praticamente impossível. Os resíduos gerados pelo homem poluem o meio ambiente gerando problemas de saúde para toda a população, principalmente aquela de baixo poder aquisitivo.  As doenças geradas pela urbanização comprometem seu estado psíquico normal, causando estresse devido a engarrafamentos, a poluição visual, sonora e doenças respiratórias associadas à poluição emitida por indústrias e os meios de transportes. Ônibus, caminhões e automóveis que não passam por revisões periódicas são os principais causadores da poluição atmosférica nos centros urbanos. A ausência de rede coletora e de estações de tratamento de esgoto contamina a água dos rios, mares, lagoas, até mesmo de poços construídos muito próximos das fossas, gerando várias doenças de veiculação hídrica.

fotos das Falésias de Mãe-bá

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Abrasão Marinha

Conceito de Abrasão Marinha


A expressão Abrasão Marinha (ou Abrasão Marítima) designa o desgaste das rochas ao longo do litoral produzido pelo mar sobre a costa por fricção ou acção mecânica das ondas que transportam fragmentos de rochas e outros materiais abrasivos.


A ação das águas do mar

O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É um agente erosivo, que desgasta as costas em um trabalho incessante de destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares e oceanos desgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos: as ondas, as marés e as correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de suas águas traz sedimentos que são depositados nos litorais, realizando um trabalho de acumulação marinha.
A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o conseqüente afastamento do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. Algumas falésias são cristalinas, como as de Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do Brasil, encontramos falésias formadas por rochas sedimentares denominadas barreiras.
Ação das ondas

Quando a costa é formada por rochas de diferentes durezas, formam-se reentrâncias (baías ou enseadas) e saliências no lado escarpado, de acordo com a resistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da água do mar pode transformar uma saliência rochosa do continente em uma ilhota costeira
Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta pode unir-se ao continente, formando então um tômbolo. Caso um banco de areia se deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada, poderá formar uma restinga e uma lagoa litorânea
As praias são depósitos de areia ou cascalho que se originam nas áreas abrigadas da costa, onde as correntes litorâneas exercem menos força. Quando o depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, formam-se as barras ou bancos de areia.